sábado, 17 de janeiro de 2015

Quase...


Quase nos 40 e com tanta vida para viver e sentir... com um sentimento contraditório ao da idade, ou seja, sinto que tenho quase metade da idade, embora recheada de vivências boas e menos boas...

Perante as adversidades que a vida me propôs, procurei sempre ter uma atitude positiva e assim seguir em frente, mesmo que por vezes e entre quatro paredes me desmanche em lágrimas e me rasgue por dentro... Cá fora, visto aquela pele que brilha perante o caos que se desmantela cá dentro... assim me senti dezenas vezes, despedaçada em mil pedaços, mas também foram esses momentos que me ergueram...

Volto a juntar as peças e colo-as, claro que ficam sempre fendas.. embora suportáveis, nunca o encaixe será outra vez o idealizado!

Quase nos 40! E já vivi tantas vidas perfeitamente imperfeitas... uma vida, a minha vida riscada por mim, traçada pela minha vontade... nunca ninguém contrariou a minha vontade... essa vontade de viver o presente e o futuro próximo! Será que deveria ter pensado a longo prazo!? Acho que não! Até porque estou quase no 40, mas como poderia saber se chegaria aos quase!! Tomei sempre a liberdade de seguir os meus sentimentos, mesmo que contraditórias ao meu próprio sentir!

Muitas vezes sozinha, mas sempre acompanhada de mim mesma!?
Portanto, não propriamente sozinha, apenas com o sentimento de solidão...

Quase nos 40 e com tantas histórias para contar, tantos sentimentos para revelar... revelações que só revelo a mim mesma! Sim, porque ainda não sinto a necessidade de partilhar a intimidade do meu verdadeiro sentir... pode ser um dia!

Talvez, quase nos 70 eu queira revelar as minhas vivências com outra perspectiva, com outra serenidade...

Agora seria um mar turbulento de desabafos... Depois será um rio de emoções e saudades...

Quase nos 40! E ainda tanto para viver...

Carla Jesus  17/01/2015

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Prisioneira no tempo...


Prisioneira no tempo... naquele tempo, nu de sentimentos! Daqueles sentimentos nobres, puros e até um pouco inocentes... sentimentos quebrados por algo, alguém, por ti, por mim, não sei exactamente ... 
Sei que aprisionei o meu coração ao vazio desse momento.
Fiquei pendurada no tempo... nesse tempo, tão cheio de mágoa.
Como esquecer? Como ultrapassar?
Solta a corda que teima prender-me a um episódio já sem sentido... 
Solta a corda, solta-me! 
Quero que me libertes e me agarres a ti, ao tempo, ao nosso tempo!...

Carla Jesus

domingo, 11 de janeiro de 2015

Agonia!? Desabafo da alma!

Que agonia é esta? Que me rasga por dentro! Que me abre feridas, que me deixa vulnerável!?
Uma agonia que me escurece o rosto, a alma, a esperança... Que me faz questionar desalmadamente as minhas escolhas e me fere e maltrata o ego... ego perdido algures, num qualquer lugar... Porquê!? Porque me subestima, uma, outra e outra vez, porque me perco e bloqueio em banalidades... quando deveria seguir sem duvidar de mim mesma... uma faceta que detesto e conheci recentemente com as escolhas que fui fazendo... descobri que mundos novos me assustam, daí eu questionar, duvidar, hesitar... descobri também que não me levam a lado nenhum...
Que agonia é esta!? Que não controlo e me invade os dias... talvez seja uma espécie de frustração onde atualmente navego... talvez seja preciso enfrentar a realidade e enfrentar a perda de cabeça erguida!

E de cabeça erguida ouço vozes dentro de mim:

Mesmo que não valhas "nada", sabes que vais conseguir algo, não és de desistir! Nunca foste... não será diferente desta vez!
Esra agonia que te afunda num choro interminável, vai-te mostrar que sabes nadar de qualquer forma...
Que agonia é essa!
Carla, ergue-te! É urgente que o faças!
Ergue-te, é momentâneo, é apenas um desabafo da tua alma!Um desabar sobre ti mesma...